Um estudo recente mostra que o nível de esgotamento das mulheres no trabalho é superior ao do período pré-pandemia. Este mostra que 39% das mulheres se sentem stressadas ou exaustas diariamente no seu local de trabalho, e que 4 em cada 5 mulheres pretende ter autonomia para escolher o seu modelo de trabalho.
O estudo What Women Want (At Work) da ManpowerGroup, desenvolvido junto de 5.000 trabalhadores em cinco países, mostra que a pandemia aumentou a desigualdade de género dentro das empresas, o que levou a um retrocesso no seu papel e à deterioração do seu bem-estar.
Esta análise revela que 39% das mulheres ainda se sentem stressadas ou exaustas diariamente, um valor superior ao registado em pré-pandemia que se cifrava nos 32%.
“A pandemia trouxe inúmeros desafios e a saúde mental foi sem dúvida um dos mais importantes. O isolamento causado pelos sucessivos confinamentos, a falta de contacto físico e de momentos de interação humana têm impacto a longo prazo no bem-estar das pessoas. Ao mesmo tempo, os dados mostram que as mulheres, em específico, se viram sob uma maior pressão que pares do sexo masculino e que, apesar do alívio das restrições e do arranque de uma nova normalidade, os impactos ainda se fazem sentir”, explica Rui Teixeira, Chief Operations Officer do ManpowerGroup Portugal.
E executivo aponta assim a importância de os líderes das organizações manterem o seu foco na equidade de género e na promoção do desenvolvimento de cada colaborador.
O estudo mostra ainda quais os fatores que as mulheres valorizam em contexto laboral, sendo que 80% das profissionais inquiridas apontam o suporte de managers e equipas como o que mais valorizam, seguindo-se de 70% que referem as oportunidades de evolução na carreira. Paralelamente 49% das profissionais apontam a autonomia e flexibilidade.
De igual forma, este revela outros fatores adicionais para atrair e reter as trabalhadoras, como por exemplo os benefícios de saúde, que incluem a licença de maternidade e, por exemplo, benefícios em questões de fertilidade, os benefícios físicos/nutricionais e os subsídios de suporte ao cuidado familiar, tanto no apoio a idosos como nos cuidados infantis.














